De todos os lugares desse vasto planeta, nascemos e estamos aqui, nessa porção de terra chamada Piauí. O nome vem do tupi antigo e significa “Rio das piabas” — peixinhos de água doce comuns nos rios do Nordeste.
Seu dia é 19 de outubro, data que remonta à Independência. Em 1822, na cidade de Parnaíba, foi assinado o documento que marcou a adesão do estado ao processo de libertação do Brasil. Um momento para honrar nossa história e cultura — e que hoje celebramos como o Dia do Piauí.
O Piauí na Villa

A reverência a esse chão é explícita, a começar pela natureza exuberante, que permanece intacta nos espaços da Villa. Mais que paisagismo decorativo, ela é parte fundamental da experiência.
Folhas de palmeiras e carnaúbas dançam um balé perfeito ao ritmo do vento forte do litoral. Jasmins e primaveras de todas as cores embelezam os caminhos entre o restaurante, o bar de praia e a pousada. Passarinhos, corujas diurnas e borboletas pequeninas capturam a atenção até dos mais distraídos.
Na areia, os coqueiros oferecem sombra para que o corpo e os olhos descansem sobre o horizonte azul do mar. O deslumbramento diante de fauna e flora tão marcantes é inevitável.
Dentro dos ambientes, a cultura local se manifesta nos detalhes. Na gastronomia, destacam-se versões autênticas de clássicos nordestinos, como o baião de dois e a moqueca. O cuscuz quentinho com café fresco é tradição no Café Amanhecer.
Nos preparos, não faltam ingredientes típicos como queijo coalho, carne seca e frutos do mar. Nativa do estado, a cajuína é estrela de todos os dias — servida purinha com gelo ou no drink Lágrima Nordestina.
Mata dos Cocais
Na recepção, o painel Mata dos Cocais, criação de Ana Suélia, dá as boas-vindas aos visitantes. Em vídeo publicado nas redes, a idealizadora da Villa conta como surgiu a inspiração para o desenho:
“O painel Mata dos Cocais traz dois grandes símbolos do Piauí: a carnaúba e o babaçu. Ao longo dos anos, fazendo o caminho de Teresina para Barra Grande, vim observando o quanto essas duas árvores predominam na paisagem.”
Ana Suélia relata que, nessas viagens, passou a acompanhar os estágios de crescimento das duas espécies. “Vi várias vezes um babaçu nascendo no pé de uma carnaúba — e o contrário também.”
A carnaúba, base da economia estadual, é representada no mural em seu estágio após a extração da palha. “São duas árvores muito importantes pra nós. Inclusive, ambas estão no brasão do Piauí”, pontua.
Ainda na recepção, a produção contemporânea é celebrada nas poltronas assinadas pelo artista piauiense Júnior Brandão. “Ele tem se destacado com esse mobiliário que são verdadeiras esculturas”, comenta Ana Suélia.
Ao chegar, o visitante é recebido por uma composição sofisticada de arte e design — uma homenagem viva à identidade piauiense e ao espírito do Dia do Piauí, celebrado em cada detalhe da Villa.
Escritores do Piauí

Como não poderia deixar de ser, os escritores do Piauí ocupam lugar de destaque na Villa. Obras de autores piauienses estão à disposição dos hóspedes, no centro da mesa do Espaço de Leitura.
Sobre o acervo, Ana Suélia comenta:
“Tem muita riqueza piauiense no Espaço de Leitura, como o livro ‘Imagens do Piauí’, do Paulo Barros. Uma obra para conhecer e apreciar imagens do nosso estado. Aqui também tem Torquato Neto, Siné Santos e outros autores piauienses que considero importantes para a literatura nacional.”
Na Villa, o amor pelo Piauí está — de fato — em todos os lugares.